Checklist para o bem-estar dos pets tem 5 itens!

Você já ouviu falar sobre bem-estar animal? Hoje em dia é muito comum falarmos sobre este assunto, e o grande desafio é saber se nossos queridos realmente estão com a sensação de bem-estar. É um desafio porque este conceito é complexo e considera o comportamento natural dos animais, que é muito diferente entre espécies, resultando em uma variação muito grande. Ou seja, o que pode significar pleno bem-estar para um animal (inclusive humanos! Sim, nós também somos animais!), pode não ter o mesmo significado para outro.

Este conceito surgiu em 1965, no Reino Unido a partir de um movimento que visava libertar os animais do sofrimento a que eram submetidos nas fazendas. Graças a diversos movimentos sociais e conscientização de pessoas e do governo, foram criadas diretrizes para assegurar o bem-estar dos animais. Que se estendem

As primeiras diretrizes foram chamadas de ‘As 5 liberdades para o bem-estar dos animais’ e considerava que os animais têm necessidades baseadas em sua própria biologia, incluindo a necessidade de expressar alguns comportamentos, e ficam frustrados quando não conseguem expressá-los, gerando problemas. A ideia das 5 liberdades nos permite criar um ‘checklist’ para observar as condições básicas necessárias para o bem-estar de nossos pets.

Ao verificar cada um dos itens (ou liberdades) é possível pensar em estratégias para melhorar o bem-estar dos pets, reduzindo ou eliminando frustrações e garantindo uma vida mais feliz!

Item #1: Livre de Fome e Sede

A nutrição adequada é essencial para a saúde dos animais. Não existe saúde sem uma boa alimentação. E além de bons alimentos, a água também é essencial. Apesar de parecer óbvio, a alimentação não se trata apenas de matar a fome ou a sede. Deve-se sempre observar a qualidade dos alimentos e da água que são oferecidos.

Outros pontos a serem observados, a espécie e a faixa etária. Gatos têm o comportamento de se alimentar diferente dos cães, em geral eles se alimentam em menor velocidade por causa da anatomia de suas bocas e dentes. Quanto à faixa etária, um filhote tem necessidades nutricionais diferentes de um adulto. Ou seja, é necessário observar se o tipo de alimentação é específico para filhotes, pois eles estão em fase de crescimento.

Item #2: Livre de desconforto

O ambiente onde o seu pet vai ficar deve oferecer conforto para ele. Este ambiente deve ser limpo, de tamanho adequado, com acesso à sombra e convívio com outras espécies (inclusive humanos). É importante considerar que é necessário um espaço que seja exclusivo para o seu pet, onde ele vai ter sua caminha, seus alimentos e caixa de areia (no caso de gatos).

Portanto, a raça e o porte do animal e a quantidade de animais devem ser considerados conforme o espaço disponível para eles. Por exemplo, não é recomendável manter um cão da raça São Bernardo se não houver uma área exclusiva para ele que seja maior que 4 metros quadrados.

Item #3: Livre de dor, ferimentos e doenças

Este item é o mais preocupante, pois nunca desejamos que dor, ferimentos e doenças ocorram. Por isso é necessário pensar na prevenção de doenças, sempre. E em caso de ferimentos/acidentes, fazer o que estiver ao alcance para tratar e reduzir ou eliminar a dor o mais rapidamente possível.

A prevenção é a melhor forma de manter seu pet saudável, por isso recomenda-se manter uma dieta saudável, realizar atividade física regularmente, levar no veterinário para exames de rotina e verificar o estado geral de saúde. Lembre-se: tratar doenças custa caro! A Petbiomas pode ajudar muito com a análise do microbioma intestinal do seu pet. Esta análise pode ajudar a prevenir diversas doenças relacionadas à disbiose (leia mais no nosso blog!).

Item #4: Livre para expressar o comportamento natural

Cães e gatos têm comportamentos bem diferentes. Diferentes raças apresentam comportamentos diferentes. Existem também diferenças individuais, afinal cada um de nossos queridos são únicos! Por isso é necessário observar as individualidades de cada um e respeitar a sua expressão. Alguns cães gostam de brincar de ‘buscar a bolinha’, enquanto outros não se importam. Mas todos gostam de passear! Alguns gatos gostam de passear, enquanto outros têm muito medo de sair de casa. Mas todos gostam de arranhar um móvel!

Respeitar a individualidade de cada um e permitir a expressão de seus comportamentos vai deixa-los mais felizes, aumentando a sensação de bem-estar. Com estes sentimentos positivos, a saúde de seu pet só tem a ganhar!

Item #5: Livre de medo e angústia

Medo e angústia são sensações naturais que surgem quando uma situação indesejável pode ocorrer ou até ocorre. Muitas vezes não podemos evitar estas sensações, principalmente quando são necessárias e são para o bem deles. Por exemplo, quando um pet está doente, ele pode ter medo de ir ao veterinário e sofrer a angústia de sentir dor após uma injeção, porém isto acaba sendo necessário para o tratamento. O que não pode acontecer é quando o medo e a angústia são causados de propósito ou continuamente.

Animais que sempre ficam com medo ou angústia tornam-se estressados, levando a diversos problemas saúde. Ao observarmos todos os itens anteriores, reduziremos muito a possibilidade de que nossos queridos sofram com medo e angústia. Muitos animais são traumatizados pelo que aconteceu com eles no passado, e às vezes, apresentam estes comportamentos sem uma causa aparente. Precisamos ser compreensivos e ter bastante paciência para ajudá-los a superar os traumas que geram o estresse.

Agora você sabe como fazer um checklist para ter certeza de que seu pet está com uma sensação de bem-estar! E se eles estão com o bem-estar em dia, nós também estaremos! Para ajudar a melhorar mais ainda esta sensação, a Petbiomas tem a análise que vai desvendar os mistérios do microbioma intestinal do seu pet e ajudar a melhorar ainda mais a saúde dele! Visite nossa página e adquira nossos kits!

Escrito por Flavio O. Francisco, PhD.

Broom, D.M. A History of Animal Welfare Science. Acta Biotheor 59, 121–137 (2011). https://doi.org/10.1007/s10441-011-9123-3. Disponível em: https://link.springer.com/article/10.1007/s10441-011-9123-3