Você já se perguntou como os cães e os gatos conseguem extrair os nutrientes essenciais dos alimentos? A resposta está na digestão! A complexa e fascinante jornada dos alimentos que acontece ao longo do sistema digestório.
Neste artigo, vamos entender o processo digestivo de cães e gatos , desvendando os segredos por trás da absorção de nutrientes. Este é o primeiro passo para entender por que a alimentação adequada com uma dieta equilibrada é crucial para uma vida saudável.
Antes de falarmos sobre a digestão dos nutrientes, é preciso conhecer a anatomia do sistema digestório de cães e gatos.
Anatomia do sistema digestório de cães e gatos
A anatomia do sistema digestório de cães e gatos é muito semelhante. Ambos possuem boca, esôfago, estômago, intestino delgado e intestino grosso. E cada um desses órgãos desempenha um papel específico na quebra e absorção dos nutrientes dos alimentos que consomem. Os órgãos apresentam diferentes volumes e comprimentos, que resultam em diferentes tempos de passagem dos alimentos através deles. Observando as figuras abaixo, é possível ver as semelhanças e as diferenças com mais detalhes.
OBSERVAÇÃO: O trato digestório também é conhecido como trato gastrointestinal, sistema digestivo, sistema digestório, trato digestivo, etc.
O processo de digestão e absorção
O processo de digestão se inicia na boca, onde a mastigação acontece triturando o alimento e misturando com a saliva que lubrifica e expõe o alimento a algumas enzimas que ela possui. É importante lembrar que os alimentos possuem os principais macronutrientes: carboidratos, proteínas e gorduras, além dos micronutrientes como minerais e vitaminas.
Depois de mastigado, o alimento passa para o esôfago, que é um tubo que contém muco e serve como passagem para o estômago. Esta passagem é facilitada pelos movimentos peristálticos, contrações musculares involuntárias, rítmicas e direcionadas. Estes movimentos ocorrem em todo o trato digestório.
No estômago, o alimento entra em contato com o ácido clorídrico e enzimas digestivas como a pepsina e a quimotripsina, sendo transformado em quimo, um material parcialmente digerido.
O quimo segue para o intestino delgado, onde a digestão continua em sua porção inicial, o duodeno. Enzimas são liberadas pelo pâncreas como amilases (que digerem carboidratos), proteases (que digerem proteínas) e lipases (que digerem gorduras). É no duodeno que a vesícula biliar vai secretar a bile que serve para emulsificar a gordura dos alimentos e facilitar a ação das lipases.
Cães e gatos têm um intestino relativamente curto em comparação com animais herbívoros, uma adaptação para uma dieta rica em proteínas e gorduras, como a de seus ancestrais selvagens.
Depois que as enzimas digestivas quebram ainda mais os macronutrientes em moléculas menores, como os aminoácidos, ácidos graxos e monossacarídeos. Essas moléculas menores são absorvidas pelo organismo através das vilosidades intestinais, que são pequenas projeções do tecido que reveste o interior do intestino delgado.
Mas a digestão não termina no intestino delgado pois o quimo continua a sua jornada rumo ao intestino grosso. É lá que ocorre a reabsorção de água, eletrólitos e a absorção de vitaminas hidrossolúveis.
O que sobra ou o que não foi possível ser absorvido, é excretado através do reto na forma das fezes. Por isso, a velocidade com que o alimento passa pelo trato digestório vai determinar a capacidade de digestão e absorção de nutrientes pelos animais.
Uma nota importante: ao longo de todo o trato digestório, é possível observar a presença de bactérias. Desde a boca até o reto, as bactérias marcam presença para ajudar na digestão daqueles alimentos ou nutrientes que as enzimas dos animais não conseguem digerir. E esta digestão, que é realizada por fermentação pelas bactérias, gera ‘resíduos’ que produzem ácidos graxos de cadeia curta (ou ácidos graxos voláteis) que servem como fonte de energia para as células do trato digestório, vitaminas do complexo B e outras moléculas que são conhecidas como pósbióticos. Estas bactérias compõem o microbioma gastrointestinal.
Conhecer a anatomia, a digestão de alimentos e a absorção de nutrientes ajuda a compreender a importância de uma dieta equilibrada e quais seriam as possíveis variações individuais. Ou seja, uma dieta equilibrada é essencial para garantir que cães e gatos recebam os nutrientes necessários para uma saúde ótima. Porém, as necessidades nutricionais variam de acordo com a idade, tamanho, raça, condição de saúde e nível de atividade física do animal. Consulte sempre um médico veterinário ou zootecnista para determinar a dieta adequada para o seu pet.
Conclusão:
A digestão de nutrientes em cães e gatos é um processo complexo que envolve a ação coordenada de diversos órgãos e enzimas. Compreender esse processo é fundamental para fornecer uma alimentação adequada e garantir a saúde e a longevidade de nossos pets. Lembre-se sempre de procurar orientação profissional para atender às necessidades nutricionais específicas do seu pet, permitindo que eles vivam uma vida feliz e saudável!
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