Zuki, a cadela de resgate: curando sua coceira na pele internamente
Muitos cães sofrem de doenças de pele desconfortáveis, como dermatite atópica – que na verdade, é um dos motivos mais comuns pelos quais os cães visitam o veterinário. A pele é um ótimo indicador do que está acontecendo dentro do corpo do seu pet – especialmente a saúde intestinal.
As condições da pele podem ser indicativas de problemas de saúde e função intestinal. Este parece ter sido o caso do Zuki, um doce cachorrinho Shiba Inu de 6 anos que sofria de um caso grave de dermatite atópica e cuja vida foi melhorada através de mudanças na sua dieta e do equilíbrio da sua comunidade microbiana intestinal.
A dermatite atópica é uma condição alérgica que resulta em pele vermelha e coceira. Pode causar fortes dores e desconforto. Os cães afetados muitas vezes lambem e coçam até que a pele fique em carne viva e sangrando. No caso da Zuki, sua condição era tão difícil de controlar que ela acabou sendo entregue ao Centro de Resgate DC Shiba Inu Rescue (DC SIR), em Washington DC.
A dermatite atópica é causada por um sistema imunológico hiperativo que informa constantemente ao corpo que ele está sob ameaça, resultando em inflamação excessiva. Pesquisadores começaram a perceber que os microrganismos que compõem o microbioma intestinal podem afetar o funcionamento do sistema imunológico. Alguns microrganismos benéficos, como os do gênero Lactobacillus, produzem compostos anti-inflamatórios que impedem o sistema imunológico de criar inflamações desnecessárias.
Outras bactérias, como cepas patogênicas de E. coli, produzem compostos que desencadeiam inflamação excessiva, como as da pele da Zuki. Embora ainda estejamos a decifrar os mecanismos em jogo, há muito potencial para aliviar condições como a dermatite atópica, alterando a composição do microbioma intestinal, reduzindo assim a inflamação crônica.
Para a sorte da Zuki, as pessoas do DC SIR são especialistas em ajudar cães com problemas de pele graves como o dela. A abordagem do DC SIR para gerenciar esses casos é atingir o microbioma intestinal do cão, que desempenha um papel importante na exacerbação de doenças da pele, como a dermatite atópica.
A Zuki iniciou o tratamento com DoggyBiome Gut Restore Supplements (cápsulas orais para transplante de microbiota fecal (FMT)), da AnimalBiome, parceira da Petbiomas, que ajudam a substituir bactérias pró-inflamatórias por bactérias anti-inflamatórias que acalmam o sistema imunológico. Além disso, ela foi colocada em uma dieta de carne crua, o que lhe permitiu evitar alguns grãos e outros aditivos desnecessários em rações comerciais para animais de estimação. Alguns dos ingredientes da ração comercial para cães podem desencadear sensibilidades alimentares e estimular o crescimento de bactérias pró-inflamatórias.
Antes de iniciar os suplementos de restauração intestinal, DC SIR usou um exame de saúde intestinal DoggyBiome (similar ao Dogbioma da Petbiomas) para analisar o microbioma intestinal da Zuki, enviando uma amostra de suas fezes; eles colherão uma segunda amostra após a conclusão do tratamento. As amostras pré-tratamento e pós-tratamento podem então ser comparadas para ver como o intestino de Zuki respondeu ao transplante fecal, bem como que tipo de tratamento, se houver, pode ser necessário no futuro.
O DC SIR se concentra na terapia do microbioma há anos, mas a Zuki foi a primeira cachorra a usar as cápsulas de transplante fecal orais da AnimalBiome. Com uma terapia intensiva de alteração de seu microbioma e muito amor dos voluntários do DC SIR, a Zuki melhorou muito. Depois de apenas dois meses, ela está a caminho de uma pelagem macia e saudável, e sua pele não está mais vermelha ou escamosa. Ela pode passar o tempo brincando e cochilando em vez de lamber e coçar. E talvez o mais importante, ela está muito mais feliz e saudável, tudo por causa desses pequenos microrganismos benéficos trabalhando incansavelmente em seu intestino. Em breve, ela estará recuperada o suficiente para encontrar seu lar definitivo.
Escrito por Alex Martin
Traduzido e adaptado por Flavio O. Francisco, PhD
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